DESVITALIZAÇÕES PODEM DAR ORIGEM A GRAVES DOENÇAS?

Sofre de alguma doença degenerativa crónica? Segundo o pesquisador Dr. Weston Price e Dr. George Meinig, a principal causa de sua doença pode estar na sua boca. Os cientistas tem alertado sobre os graves perigos há mais de 100 anos nos procedimentos dentários de desvitalizações.

Os canais radiculares dos dentes são essencialmente ‘mortos’, e podem tornar-se incubadoras de bactérias anaeróbias altamente perigosas, que sob certas condições alcançam a corrente sanguínea e podem causar uma série de doenças graves.

Dr. Price, dentista e pesquisador, observou que muitas doenças crónico-degenerativas resultam da prática da desvitalização, e as doenças mais comuns foram as cardíacas e circulatórias. Após ter desvitalizado um dente numa paciente, Dr. Price verificou que essa senhora iniciou um processo de artrite de tal maneira grave que ficou em cadeira de rodas. Recomendou a essa paciente a extracção do dente, embora radiograficamente não apresentava qualquer problema. Resolveu implantar o dente retirado sob a pele de um coelho, e surpreendentemente o coelho desenvolveu o mesmo tipo de artrite sofrida pela mulher, e morreu de infecção 10 dias mais tarde. A mulher recuperou-se imediatamente e voltou a andar sem auxílio de bengala ao final de uns meses. Dr Price repetiu as experiências tendo usado 60 mil coelhos e verificado que os coelhos ficavam com as manifestações das doenças dos pacientes ao fim de algumas horas e morriam em média ao fim de 10 dias. No entanto, ao implantar dentes sãos (não desvitalizados), e outros objectos (moedas, pedaços de vidro e de metal) os coelhos não manifestavam qualquer doença.

Em 1922, Dr. Price escreveu dois livros revolucionários, detalhando a pesquisa sobre a relação entre doenças bucais e doenças crónicas. Infelizmente, seu trabalho foi engavetado por 70 anos, até que finalmente o endodontista Dr. George Meining presidente da Associação Americana de Endodontia compreendeu a importância daquele trabalho e voltou a explicar os trabalhos do Dr Price.

CONSTITUIÇÃO DO DENTE

No meio de cada dente existe a câmara pulpar, uma estrutura interna macia que abriga os vasos sanguíneos e os nervos. Em torno da câmara fica a dentina, que é feita de células vivas que segregam uma substância mineral dura. A camada mais externa do dente é o esmalte branco.

O dente está preso ao osso pelo ligamento periodontal. Cada dente tem de 1-4 canais principais. No entanto existem canais acessórios. Price identificou uma média de 75 canais acessórios num incisivo central superior.

Na dentina de cada um dos seus dentes existem muitos pequenos túbulos, que podem atingir um comprimento total de 10km segundo Weston Price.

Normalmente, os microrganismos microscópicos movem-se dentro e em torno destes túbulos, como micróbios em túneis subterrâneos.

Na desvitalização é feito um acesso no dente e em seguida preenche-se, depois de limpar o canal, essa lacuna com uma substância (chamado guta percha). O problema é que apenas há acesso ao canal principal ficando os canais acessórios sem tratamento. As bactérias escondem-se nos túneis, onde elas ficam muito protegidas de antibióticos e das defesas imunes do seu próprio corpo.

Aí começa a principal causa de muitas doenças segundo vários autores!

Sob o stress causado pela falta de oxigênio e privação de nutrientes, esses organismos amigáveis transformam-se em algo mais forte, produzem uma variedade de toxinas poderosas. O que antes eram bactérias comuns e amigáveis, agora tornam-se patógenos altamente tóxicos que se escondem nos túbulos do dente morto, apenas esperando por uma oportunidade para se espalhar.

E tudo isso ocorre acompanhado por poucos ou nenhuns sintomas. Isso quer dizer você pode ter um abscesso no dente morto e nem sequer sabe.

Enquanto o sistema imunológico permanece forte, todas as bactérias que estejam no dente infectado aparentemente não causam patologias. Mas se o seu sistema imunológico está enfraquecido devido a um acidente, doença ou trauma, o sistema imunológico pode ser incapaz de manter a infecção sob controle.

Estas bactérias podem sair dos tecidos e ir para a corrente sanguínea, onde são transportados para novos locais. Estes novos locais podem ser qualquer órgão, glândula ou tecido.

Dr. Price extraiu dentes desvitalizados de pessoas com doenças e implantou esses fragmentos de dentes ou dentes inteiros por baixo da pele dos coelhos. Ele descobriu que quando o coelho recebia os fragmentos de dentes de uma pessoa que teve um ataque cardíaco, o coração do coelho começava com os mesmos problemas em 48h, e morria ao fim de 10 dias em 100% dos coelhos testados.

Outras doenças como artrites, e doenças neurológicas eram passadas aos coelhos em 80% dos testados. 

Quase todas as doenças crónico-degenerativas têm sido relacionados com desvitalizações, incluindo: doenças cardíacas, doenças renais, artrite, doenças reumáticas e articulares, doenças neurológicas (esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, Alzheimer), e doenças autoimunes (lúpus e etc).

Poderia também ser uma ligação com o cancro? 

Dr. Robert Jones pesquisador da relação entre os canais radiculares e cancro de mama, descobriu uma correlação muito alta entre as desvitalizações e cancro de mama. Ele refere as seguintes correlações encontradas num estudo que durou cinco anos, mais de 300 casos de cancro de mama:

93% das mulheres com câncer de mama tinham sofrido um tratamento de canal. Os tumores, na maior parte dos casos foram do mesmo lado do corpo em que se praticava o “tratamento” de canal radicular ou outra patologia.

Dr. ‘Josef Issels’ relatou que em seus 40 anos lidando com pacientes com cancro “Terminal”, 97 % dos pacientes com cancro tinha sofrido um tratamento de canal. A cura para o cancro poderia ser ajudada de forma tão simples como extrair um dente, e em seguida reforçar o seu sistema imunológico. Convém dizer que é prática médica comum na oncologia pedir aos pacientes para extraírem esses dentes.

Bactérias boas viram maléficas!

Atualmente as bactérias podem ser identificadas por análise do DNA, sejam elas vivas ou mortas e vestígios de indicadores de DNA.

Como continuação do trabalho do ‘Dr. Price’, a Fundação de Pesquisa de Elementos Tóxicos (FRET por sua sigla em Inglês), sob análise de DNA usado para examinar um dente com tratamento de canal e contaminação bacteriana, encontrou em 100 por cento das amostras analisadas as seguintes cepas:

Identificado 42 espécies diferentes de bactérias anaeróbicas em 43 amostras. 

Na cavitação (buracos no osso), identificaram-se 67 bactérias diferentes analisadas em 85 amostras. 

As bactérias que foram encontrados incluem os seguintes tipos: 

  • Capnocytophagaochracea;
  • Fusobacterium nucleatum;
  • Gemellamor billorum;
  • Leptotrichia buccalis; e
  • Porphyromonas gingivalis.

Quatro destas podem danificar o coração, as 3 iniciais podem danificar os nervos, e pode danificar os rins, as duas ultimas podem danificar o cérebro e podem danificar as cavidades nasais … então todos não são amigáveis. 

Encontram-se aproximadamente 400 por cento mais bactérias no sangue em torno do canal da raiz do dente “tratado”, do que é encontrado no mesmo dente não lesionado. Verificou-se que o osso ao redor do dente em questão tem ainda mais bactérias o que não é uma surpresa, já que o osso é um buffet virtual de nutrientes para as bactérias agora.

Nenhum outro procedimento médico permite deixar uma parte de um corpo morto, dentro de seu corpo. Quando o apêndice morre, é removido. Se você tiver um congelamento ou algum dedo do pé sob grangrena, este é amputado. Se um bebê morre no útero, geralmente o corpo lança um aborto. A placenta não se deixa dentro do corpo quando se faz o parto.

Seu sistema imunológico não se preocupa com substâncias mortas e a mera presença de tecido morto pode fazer com que seu sistema imunológico lance um ataque, o que é outra razão pela qual você deve evitar canais radiculares, deixando um dente morto dentro da sua boca.

A infecção, bem como a reação de rejeição imunológica provoca mais bactérias e estas acumulam-se no tecido morto. Canais radiculares fornecem às bactérias a oportunidade de entrar na corrente sanguínea cada vez que você morde.

O que você precisa saber para evitar uma desvitalização.

Evitar que um tratamento de canal seja praticado caso sofra de algum tipo de patologia crónica, degenerativa ou auto-imune! Arriscar a sua saúde para salvar um dente só não faz sentido. Lembre-se, assim que seu sistema imunológico está comprometido e o risco de desenvolver sérios problemas de saúde aumenta, e os ataques do sistema imune são muito comuns no mundo de hoje.

Se já tem dentes desvitalizados e tem problemas de saúde, deve fazer um teste para verificar se esses dentes poderão estar envolvidos na patologia. Assim, efectuam-se testes de terapia neural (ver em especialidades) e/ou testes kinesiológicos.

Se você tem um dente extraído há algumas opções disponíveis para si?

Prótese parcial: É uma prótese removível, que é muitas vezes chamado de “parcial”. É o mais simples e menos dispendioso.

Ponte : Este é um elemento permanente, onde fica o dente em falta agarrado aos vizinhos.

Implante : Este é um dente artificial permanente. Podem ser de titânio ou de Zircónio. O Zircónio é um novo material mais bio compatível que o titânio. 

Além das desvitalizações existem outros procedimentos a levar em conta na Medicina Dentária Biológica:

Nem sempre ao fazer uma extracção se remove todo o ligamento que se encontra a prender o dente ao osso. Como sabemos este ligamento pode ser usado para alimentar as bactérias mortais. A maioria dos especialistas que estudaram isso recomendam que também se deve remover esse ligamento, juntamente com um milímetro de cavidade óssea a fim de reduzir drasticamente o risco de desenvolver uma infecção dos tecidos infectados com bactérias que foram deixadas.

Isso leva á formação de cavitação, onde o osso não consegue cicatrizar de forma correcta e é substituído por tecido necrótico, onde proliferam bactérias que causam a mesma patologia mencionada nas desvitalizações. A Medicina usa um termo para descrever esta situação – NICO neuralgia inducing cavitational osteonecrosis, causadora de imensa patologia neurológica.

Os metais?

Os metais são outro dos problemas da Medicina Dentária, onde sobretudo as restaurações a amálgama, libertam vapores de mercúrio que se podem alojar no cérebro, rins, e sistema reprodutor. Além disso 2 metais com a saliva formam uma pilha e portanto uma corrente elétrica, daí recomendarmos a remoção das amálgamas, de acordo com um protocolo especifico.

E agora?

Usamos várias técnicas para testar a toxicidade dos materiais na sua boca, bem como para testar se um determinado dente está a ser interferente numa patologia, e aconselhamos sobre a melhor terapia. Usamos protocolos biológicos nas extracções de dentes desvitalizados, recorrendo aos sistemas de ozono e de laser de díodo e de Erbium. Propomos a colocação de materiais mais biológicos como sejam determinados compósitos menos agressivos e cerâmicas.